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Tem sido vistos com bons olhos as atividades extras e ampliação de oferta de serviços educacionais. Nesse contexto, emergem as discussões sobre internacionalização.

 

A educação brasileira tem passado por transformações rápidas e exigido das escolas um esforço adicional das equipes pedagógica e administrativa. A Base Nacional Curricular Comum (BNCC), por exemplo, já tem desafiado os setores público e privado para uma visão exponencial do ensino e, também, fortalecido os benefícios de atividades extras e das parcerias para a ampliação da oferta dos serviços educacionais.

Nesse contexto, a internacionalização é uma personagem de destaque. Embora não se enquadrem em uma obrigação legal, intercâmbios remotos ou presenciais vinculados ou não à grade curricular são uma tendência no país.

A Língua Inglesa lidera as iniciativas internacionais dentro das escolas e tem tido ampla aderência principalmente na rede particular. Mesmo que a comunicação digital tenha uma responsabilidade no estreitamento das relações institucionais, é importante frisar que acordos políticos e o espírito empreendedor de outros países tem flexibilizado o que antes parecia ser um sonho distante.

O Departamento de Estado do governo dos Estados Unidos tem o Brasil como um cenário fértil para as aproximações entre as instituições de ensino. Prova disso é a existência de quatro escritórios estrategicamente posicionados e que, nos últimos anos, têm proporcionado feiras internacionais com a participação de educandários norte-americanos (ensino básico, técnico e superior) em eventos recentes realizados em Belo Horizonte e Rio de Janeiro.

 

PLANEJAMENTO DE INTERNACIONALIZAÇÃO

Por outro lado, é importante saber que o sucesso de uma iniciativa de internacionalização exige tempo e planejamento. Apresentaremos a seguir alguns passos que precisam ser avaliados por qualquer escola que queira se lançar nesse universo:

  • O formato da parceria: a oferta das atividades será por meio de cursos online? Intercâmbios também farão parte da iniciativa?
  • O planejamento pedagógico: os alunos que participarem de atividades internacionais, ligadas à escola, terão o aproveitamento de notas e conceitos? Há condições para a reposição de aulas, provas e simulados no caso de parcerias que ofereçam intercâmbio?
  • Público-alvo: qual o segmento?
  • A instituição: embora haja um amplo catálogo de oportunidades e localidades, busque uma parceria que seja sustentável para seus alunos e que permita a ampliação dos serviços. Se necessário, consulte o Ministério/Sistema de Educação do país-alvo;
  • Atendimento: a escola precisa garantir o fluxo correto e ágil das informações de divulgação, preparação e conclusão das atividades entre os alunos, pais e responsáveis.

 

Internacionalização é coisa séria e envolve o deslocamento de alunos para terras estrangeiras. A escola é corresponsável no êxito e nos desafios. Portanto, siga em frente na antecipação de tendências e estabeleça de forma clara e formal os direitos e os deveres de todos os envolvidos.

 

 

Diego Nascimento

Jornalista corporativo, palestrante e consultor.
Atua como Gerente de Relações Institucionais do Instituto Presbiteriano Gammon em Lavras (MG).
Mais em www.diegonascimento.com.br

 

 

Revista Veredas Educacionais – maio/ 2019